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ĀYURVEDA: A Descoberta da Minha Essência

  • Foto do escritor: AROMAYUR
    AROMAYUR
  • 14 de jul. de 2023
  • 4 min de leitura

Desde que conheci a Andreia que acho que sempre nos desafiamos uma à outra. Durante um tempo não nos apercebermos de que nos estávamos a desafiar, mas rapidamente esses desafios começaram a materializar-se e por isso aqui estou eu para contar um pouco sobre quem sou e a minha filosofia de vida.


A partir do momento em que me permiti ser quem sou, e posso dizer-vos que foi há pouco tempo, tudo aquilo que eu já praticava se integrou rapidamente em mim. O que descobri durante a minha jornada de vida é que apesar de tecnicamente ser muito boa a aplicar a teoria não chega, tens de integrar isso a nível mais profundo, eu arriscaria dizer tens de integrá-lo a nível celular e encontrar o seu lugar para além de tudo aquilo que nos condiciona, isto é, da mente condicionada.






Eu chamo-me Marisa, tenho 31 anos, sou solteira, trabalho profissionalmente com Medicina Āyurveda, Terapêuticas não Convencionais e com Meditação, e exploro a cada momento quem SOU! Eu costumo dizer que quem começa a praticar Āyurveda ou tem curiosidade pra conhecê-lo, ou se tratou com ele ou o conheceu através do Yoga, mas depois o Universo mostra-te que afinal não é bem assim, e tive uma aluna que decidiu estudar Āyurveda porque gostou da palavra. A vida é tão simples, se apenas seguires o teu instinto.



O Āyurveda surgiu na minha vida aos 14 anos quando estava a passar por um desafio pessoal relacionado com anemia, e através desta medicina ancestral consegui superar o meu desafio e aos 17 anos iniciei o meu percurso nesta área, e foi assim que conheci os meus professores. Os ciclos de vida e aprendizagem são feitos de altos e baixos. O fator de ter começado tão cedo é uma vantagem para mim, e hoje agradeço muito por isso, por toda a aprendizagem e experiência que ganhei por todos os locais em que passei. Durante os últimos 10 anos, tive a oportunidade de para além de aprender com os meus professores, em Portugal, no Brasil e na Índia, de partilhar o meu conhecimento com pelo menos uma centena de pessoas, e isso deixa-me extremamente feliz, porque sei que se cada pessoa conseguir chegar a pelo menos mais 100 fará a diferença em todo o mundo!
























A prática diária do Āyurveda não requerer uma fidelização a nenhum tipo de religião ou doutrina, requer apenas que te permitas a experienciar a tua essência na totalidade e que descubras em ti a rotina que mais e melhor se adapta a ti. A utilização frequente de ferramentas que auxiliam na manutenção da saúde promovem a qualidade de vida, que nos dias de hoje é algo extremamente valioso.

O Āyurveda incentiva à prevenção através da rotina diária, que deve ser integrada no dia-a-dia sem esforço ou obrigação, mas sim com vista a ser um auxílio à manutenção da tua saúde. Ao acordar dedico parte do meu tempo a conectar-me com o meu corpo a ativá-lo devagar e ao meu ritmo, dando espaço para se espreguiçar, conectar-me com duas ou três respirações profundas e quando me levanto trato da minha higiene pessoal, como um hábito que criei há anos, desde lavar os dentes, raspar a língua, lavar o rosto, fazer lavagem nasal, gargarejar e após toda esta logística evacuar e permitindo que todas as excreções relativas aos processos de desintoxicação corporal noturnos sejam eliminados. Após esta rotina, que pode parecer ser muita coisa à partida, mas que com a prática e utilização diária das técnicas se torna bastante fácil e de rápida implementação, sento-me e medito. Meditar, que ciência é esta que invade o meu ser, que me permite descobrir todos os dias um pouco mais sobre mim tal como sou e como estou a cada dia. É uma prática única e muito pessoal, tomar consciência de como estou todos os dias e energizar-me para o dia que me espera. Todos os dias são diferentes, mesmo que o trabalho seja o mesmo, todos os dias encontramos comportamentos diferentes nos outros e em nós só porque estamos a passar por um processo novo em todas as dimensões na da vida. Então a meditação não tira de nós os desafios, mas permite-nos lidar com eles. Um novo dia surge e é tão belo tanto o que nos permitimos deixar ser!



Anteriormente já mencionei dois dos quatro pilares da saúde, a Higiene do Sono e Silêncio (Meditação) e a Higiene Pessoal, está a faltar a Alimentação e Atividade Física. A Alimentação é algo que tento ter atenção do ponto de vista ayurvédiko, ou seja, tento que a minha alimentação seja bastante variada, mas diminuindo as incompatibilidades entre alimentos de forma a manter a chama acesso, ou seja, de forma a que o fogo digestivo me permita ter fome e ao mesmo tempo me permita digerir e assimilar os nutrientes que ingiro sem provocar biotoxicidade orgânica que pode causar uma série de desequilíbrio fisiológicos e psicoemocionais. Já a atividade física, é algo que tento que faça parte diária, mas nem sempre é possível. O que mais gosto de fazer é caminhar, e por isso facilmente dedico 60 minutos a uma caminhada de cerca de oito quilómetros e pratico Yoga pelo menos duas vezes por semana.


A flexibilidade dentro da rotina é o nosso maior aliado para podermos usufruir da vida sem culpa e em consciência total. Quando descobrimos o Āyurveda queremos aplicar de imediato todas as suas ferramentas e muitas vezes acabamos por pecar levando acabo fundamentalismos que nos provocam muitas resistências e posteriormente desequilíbrios mais graves do que aqueles que tínhamos até começarmos a introduzir o Ayurveda nas nossas vidas. Por isso como tudo na vida dosear é a palavra que mais ressoa no momento de implementar novas rotinas, pois “a diferença entre o remédio e veneno é a quantidade”, por isso atenção a fundamentalismos está atento ao que a tua mente está disposta a implementar e o que teu corpo está pronto para integrar.


Em suma, todos os dias descobrimos algo novo e todos os dias nos permitimos a integrá-lo nas nossas vidas mesmo que o já pratiquemos há meses ou anos. Dá espaço e tempo a ti mesmo e ao teu corpo para identificares o que te deixa confortável e te ajuda diariamente a manter a saúde, tudo o que é forçado pode levar à frustração, criar rotinas é uma consequência das tuas aprendizagens, mais que um objetivo a alcançar.


Por Marisa Mestre | @tryayurvedawith.mm | www.tryayurvedawithmm.pt


 
 
 

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