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O Tarot é o melhor Mentor, se o souberes entender!

  • Foto do escritor: AROMAYUR
    AROMAYUR
  • 28 de set. de 2023
  • 4 min de leitura

O Tarot é ainda muito associado a uma ferramenta para descortinar os meandros ocultos do nosso futuro, associado à adivinhação, logo limitador e não pró-ativo, desresponsabilizando totalmente o Ser Humano.

A caminho da Era de Aquário, no qual a mente humana está a ficar mais acordada para as linguagens simbólicas e sagradas e que tudo necessita ser compreendido e experienciado, cada vez mais tarólogos estão a utilizar o Tarot com uma visão mais alargada e potencializadora do poder pessoal do ser humano.

Ao sermos conscientes que construímos o nosso futuro no momento presente podemos sempre mudar a forma como vivenciamos as nossas experiências na Vida.

Quanto a mim, só me faz sentido usar o Tarot como uma ferramenta que permite analisar a nossa psique, perceber que somos um misto de consciente e inconsciente e trabalharmos a partir daí os processos de aprendizagem de cada carta, em cada palco e área de vida; ou seja, tarólogo que utiliza as cartas como uma linguagem simbólica reveladora de uma Ordem Maior que permite avisar a pessoa que se ela se mantiver no mesmo grau de consciência, a perspectiva futura será a revelada pela carta, mas que se ela alterar o seu grau de consciência e fizer o trabalho proposto pela carta ela poderá alcançar o lado mais luminoso da carta. Há sempre um trabalho a nível processual a ser feito pelo consulente, mais que não seja rendermo-nos a algo Superior a nós (e isso também dá trabalho!).

Basicamente o terapeuta de Tarot deve ajudar o consulente a entender o ponto fulcral da questão e dar-lhe um significado. O tarólogo em interacção com o consulente deverá descortinar o oculto, o não entendido sobre a questão e compreender as oportunidades contidas nesse problema e deve incentivar o consulente a fazer um processo de transformação interior e para isso ele necessita mudar padrões de crenças, de pensamentos e de acções.

O mundo exterior é sempre um reflexo do nosso mundo interior, seja esse consciente ou inconsciente. Por exemplo, se eu possuir fraca auto-estima vou atrair para a minha vida experiências que confirmem essa minha crença. Crenças essas que vamos arrastando ao longo da nossa vida e que nos vão impedir de vivermos o nosso Máximo Potencial. Portanto, as nossas crenças, os nossos sentimentos, os nossos pensamentos e as nossas acções juntamente com a Ordem Cósmica (a interacção psíquica dos planetas nos nossa mapa Natal – astrologia) fazem da nossa vida aquilo que ela é.


As pessoas não conscientes do seu propósito repetem sempre o mesmo padrão. Não havendo consciência há repetição. Identificando-se o padrão, e existindo vontade de transformação ultrapassa-se o padrão. Nesta vida temos a oportunidade de “curar” ou aligeirar, ou subtilizar o dito padrão.

O terapeuta de Tarot pode através das cartas perceber de que modo o consulente pode fazer o processo alquímico de transformação (quando passamos pelas experiências, sentimo-las, integramo-las e por isso mesmo elas nos lapidam fazendo de nós uma pessoa renovada), pois cada carta tem uma necessidade psicológica que precisa ser satisfeita: por exemplo: O Louco – pede uma entrega e uma fé na Vida, pede entrega ao desconhecido, pede movimento, pois o perigo á a pessoa ficar parada – Lema: Não sabes bem qual o caminho, mas vai, transforma o medo em AMOR e CONFIANÇA. Entendendo qual o processo que a Vida nos está a pedir, podemos então “fazer surf” com a Vida, é como se tudo fluísse, aí reina a ordem no meio do caos.

Quando se encara o tarot apenas como uma ferramenta de adivinhação estamos no mundo apenas como marionetas “cósmicas” governadas por um Deus longínquo e castrador. É certo que eu acredito que existe uma espécie de projecto arquitectónico para cada um de nós, mas que podemos construir esse projecto escolhendo os nossos materiais, testando, errando, mudando até chegarmos ao pretendido. Muitas das vezes, o nosso maior erro é que através da nossa vontade sabotamos a construção do nosso projecto. A vida mostra-nos que afinal aquele material que escolhemos não é de todo o indicado, mas nós continuamos a insistir, a insistir. O tarot mostra-nos que material podemos usar no momento, mas não nos mostra exactamente como vai ser a Obra final, podemos apenas ter um vislumbre, uma ideia.

Costumo dizer às minhas consulentes que usar o tarot é como conduzir um carro, em vez de conduzirmos com os mínimos, podemos usar os médios ou os máximos, mas não conseguimos ver o fim da Viagem, a não ser que a Viagem seja curta e a meta esteja muito perto.

Se eu utilizar apenas o tarot para saber qual o fim da viagem e não me focar naquilo que precisarei fazer para chegar ao fim da viagem, como vou chegar ao fim da viagem?

O tarot é uma ferramenta maravilhosa e excepcional se conseguirmos entender a sua mensagem e se conseguirmos ter a coragem de pôr em prática aquilo que nos é sugerido.

O Tarot, linguagem simbólica, tem um imenso poder de criar uma ponte entre o mundo terreno e o mundo imaterial, entre o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo, criando assim um equilíbrio, um alinhamento na nossa mente.

O Tarot é o melhor Mentor, se o souberes entender!


Manuela Neves

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